A Polícia Judiciária (PJ) , através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), deteve, ontem, um homem, de 19 anos, residente na zona do Cadaval, que se dedicava à prática de envio de mensagens SMS, mascarando o remetente, com intuito de provocar engano nos recetores, sugerindo o pagamento imediato de dívidas ao Estado, através de entidade e referência, a fim de evitar execuções fiscais.
A presente investigação teve origem na receção de um SMS no qual a vítima efetua o pagamento atento o prazo mencionado na mensagem. Mais tarde, esta viria a confirmar que o pagamento não foi realizado para uma entidade estatal, mas sim para uma loja online de venda de eletrodomésticos e de outros produtos.
Na sequência da detenção em flagrante delito, aquando da receção da encomenda online, foi realizada uma busca domiciliária tendo sido apreendido diverso material provatório dos factos em investigação.
A disseminação das mensagens, em número elevado, ocorreu na semana passada e desconhece-se, para já, a quantidade de SMS enviados.
Este tipo de crime, tipificado como falsidade informática e burla, por meio informático, induz as vítimas em erro acerca do verdadeiro remetente da mensagem e leva-as a ter ações imediatas, sem antes verificarem a verdadeira origem ou o descrito na mensagem.
O detido irá ser presente à autoridade judiciária para a aplicação de medidas de coação.
A PJ reitera as informações já anteriormente divulgadas para este tipo de crime:
• Nunca aceda a links ou anexos de emails ou mensagens cujo remetente desconhece;
• A observação das características da mensagem (aspeto, eventuais erros ortográficos, argumentos persuasivos, que contenham ofertas generosas e despropositadas) ajudá-lo-ão a reconhecer a falsidade da mensagem;
• Tenha cuidado com a curiosidade e desconfie de notícias e ofertas sensacionalistas;
• Não se deixe guiar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem;
• Ninguém dá prêmios ou oferece um produto, se não estiver a participar num concurso;
• Ninguém oferece produtos abaixo do preço que é praticado pelo mercado.
• As instituições credíveis e sérias, não utilizam estes meios/formas para comunicar com os seus clientes;
• Em caso de dúvida contacte previamente, por telefone, a empresa ou instituição cujo nome está a ser utilizado;
• Não responda a este tipo de mensagens e apague-as imediatamente;
• Passe este alerta a familiares, amigos e outras pessoas próximas, para evitar que também elas sejam vítimas.
A PJ possui na sua página da Internet, em www.policiajudiciaria.pt, um acervo de “alertas ao cidadão” pelo que aconselha uma visita regular a este sítio da internet para esclarecimento de dúvidas e estar informado acerca de novos métodos de cometimento de fraudes.