Um homem de 55 anos foi detido pelo Comando Territorial da Guarda da GNR, através do Posto Territorial de Trancoso, no dia 12 de outubro, no concelho de Trancoso, por suspeita de ter provocado um incêndio florestal. O incidente ocorreu na localidade de Golfar e foi originado por uma queimada não autorizada, que acabou por fugir ao controlo do suspeito, resultando na destruição de 0,65 hectares de giestas e mato rasteiro.
O alerta para o incêndio foi dado durante a tarde, levando à rápida mobilização dos militares da GNR e dos Bombeiros Voluntários de Trancoso para o local. Após controlar as chamas, as autoridades apuraram que o fogo começou devido a uma queimada realizada sem autorização e sem as medidas de segurança necessárias. A negligência do homem, que não conseguiu controlar as chamas, culminou no alastramento do fogo à vegetação circundante.
Após ser identificado no local, o suspeito foi detido e constituído arguido. Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Trancoso, onde o homem poderá responder pelo crime de incêndio florestal, punível com pena de prisão nos termos da legislação em vigor.
Esta ação contou com o envolvimento dos Bombeiros Voluntários de Trancoso, que desempenharam um papel essencial na contenção das chamas e na proteção de áreas florestais adjacentes. A colaboração entre as forças de segurança e as equipas de emergência tem sido crucial para minimizar os impactos de incêndios em zonas rurais.
A Guarda Nacional Republicana reiterou a sua preocupação com a segurança no âmbito das queimadas e apelou à responsabilidade de todos os cidadãos, destacando que estas práticas são uma das principais causas de incêndios florestais em Portugal. A GNR relembra que:
- A realização de queimadas ou queima de amontoados requer autorização ou comunicação prévia, exceto em períodos de perigo elevado ou máximo, quando são proibidas;
- A negligência em práticas relacionadas com fogo pode resultar em graves consequências, tanto para o património natural como para as populações;
- É essencial seguir as regras de segurança, realizar estas atividades apenas em condições climatéricas favoráveis e estar sempre acompanhado por outros indivíduos, mantendo meios de contacto imediato, como um telemóvel, em caso de emergência.
Para reforçar o seu compromisso com a proteção do ambiente e das áreas florestais, a GNR mantém ativa a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), disponível 24 horas por dia para denúncias de infrações ambientais e esclarecimento de dúvidas. O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) trabalha diariamente para garantir o cumprimento das normas ambientais e prevenir tragédias relacionadas com incêndios rurais.
A GNR reforça ainda o apelo à população para que colabore, respeitando as normas em vigor e denunciando práticas ilegais que possam colocar em risco a segurança das pessoas, dos bens e do património natural. Este caso de Trancoso destaca a importância de uma atuação preventiva e o impacto que a irresponsabilidade pode ter na preservação das áreas florestais do país.