Um recluso em liberdade condicional foi detido esta quinta-feira, 12 de setembro, pela Polícia de Segurança Pública (PSP) em Faro, depois de agredir uma técnica dos serviços de reinserção social. O homem, que estava a cumprir o final de uma pena por agressão doméstica, foi detido por ofensas à integridade física qualificada e dano qualificado, segundo confirmou fonte da PSP à agência Lusa.
A agressão ocorreu na quarta-feira, quando o homem invadiu a delegação regional de reinserção social de Faro, arrombando a porta com um pé de cabra. O agressor atingiu a técnica na perna e tentou agredir a coordenadora da delegação na cabeça, mas não conseguiu acertar. A vítima teve de receber tratamento hospitalar devido aos ferimentos sofridos.
O recluso foi detido pela PSP por volta do meio-dia de hoje, quando regressava à delegação para se encontrar com outro membro da equipa de reinserção. As autoridades prontamente o prenderam e o caso foi encaminhado para a autoridade judiciária competente.
Sindicato denuncia falta de segurança nos serviços de reinserção
Miguel Gonçalves, presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (STDGRSP), que acompanha o caso, destacou a violência do incidente e reforçou a necessidade urgente de medidas de segurança para proteger os funcionários dos serviços de reinserção social. “Somos técnicos mal pagos e agora ainda nos sujeitamos a ser espancados”, ironizou o sindicalista, ao recordar que, no mês passado, houve uma agressão semelhante em Évora.
O sindicato criticou ainda a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) pela “inércia” na tomada de decisões preventivas, acusando o organismo de desconhecer a realidade vivida nos serviços e de adotar medidas reativas em vez de proativas.
Este episódio trouxe novamente à tona as preocupações dos técnicos de reinserção sobre a segurança nas suas funções, com pedidos urgentes de reforço de vigilância e proteção nas delegações, onde ocorrem frequentemente episódios de tensão com os reclusos.
A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, responsável pela prevenção criminal, execução de penas e reinserção social, está agora sob pressão para tomar medidas imediatas e garantir um ambiente seguro para os seus profissionais.