Na década de 1990, Lisboa viveu sob o medo provocado por um serial killer conhecido como o “Necrófilo de Lisboa”. Este criminoso foi responsável pela morte de, pelo menos, dez mulheres, cujos corpos foram encontrados em cemitérios ou locais isolados. As vítimas eram geralmente mulheres jovens, e os assassinatos tinham um padrão perturbador: após serem mortas, os corpos eram abusados postumamente.
Os crimes chocaram o país pela brutalidade, mas também pela incapacidade das autoridades de capturarem o responsável, que até hoje não foi definitivamente identificado. A polícia chegou a deter vários suspeitos ao longo dos anos, mas nenhum deles foi considerado culpado de forma conclusiva. O medo gerado por esses crimes impactou a vida quotidiana de Lisboa, com muitas mulheres a evitarem sair sozinhas, especialmente à noite.
Várias teorias foram levantadas sobre a identidade do assassino. Uma das mais populares sugeria que o criminoso poderia ser alguém ligado à área funerária, como um funcionário de cemitério, devido ao padrão das localizações onde os corpos foram encontrados. Contudo, essas suspeitas nunca foram confirmadas. Até hoje, o caso continua sem resolução, tornando-se um dos maiores mistérios criminais de Portugal.
O caso do “Necrófilo de Lisboa” marcou a história criminal do país e continua a ser alvo de interesse e especulação por parte de investigadores e do público. A sua natureza macabra e a falta de respostas concretas fazem dele um dos crimes mais sombrios e perturbadores já registados na capital portuguesa.
Este caso serve como um lembrete trágico da vulnerabilidade das vítimas e da complexidade envolvida em capturar criminosos em série, especialmente num tempo em que as tecnologias de investigação forense ainda não eram tão avançadas como nos dias de hoje.