A Polícia Judiciária (PJ) deteve, na cidade da Maia, um dirigente de uma associação de solidariedade social, com estatuto de utilidade pública, suspeito de vários crimes económico-financeiros. Em causa estão alegadas práticas de peculato, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e corrupção ativa e passiva.
Segundo a PJ, os factos em investigação remontam a 2017 e terão ocorrido até à atualidade. O dirigente, de 74 anos, é acusado de se apropriar indevidamente de várias centenas de milhares de euros pertencentes à instituição.
O esquema passava pela sobrefaturação de serviços prestados por fornecedores da associação, bem como pela aquisição de bens de uso pessoal com recursos financeiros da entidade. Parte do dinheiro terá circulado entre contas bancárias da própria associação e de empresas controladas pelo suspeito.
No decorrer da operação, a PJ realizou nove buscas domiciliárias e sete não domiciliárias, com a participação de inspetores e peritos nas áreas financeira e informática. Foram apreendidos diversos elementos de prova em suporte físico, digital e contabilístico.
O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Maia. O detido será presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.