A Unidade Nacional Contraterrorismo da Polícia Judiciária (PJ) deteve, na região de Lisboa, dois cidadãos estrangeiros suspeitos de estarem envolvidos numa série de assaltos a bancos em Portugal, ocorridos entre julho de 2023 e abril de 2025. Os crimes, cometidos com recurso a arma de fogo, terão rendido aos suspeitos cerca de 600 mil euros.
A operação decorreu no âmbito de uma investigação coordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora, que permitiu a localização e detenção dos indivíduos, bem como a apreensão de prova relevante, incluindo 65 mil euros em numerário — montante roubado no recente assalto à Caixa de Crédito Agrícola da Atalaia, na Lourinhã, no passado dia 8 de abril.
Durante as buscas, foram ainda apreendidas a arma utilizada nos assaltos, passaportes e documentos falsificados, além de roupa e acessórios de disfarce utilizados nas ações criminosas.
Os suspeitos, considerados altamente perigosos, não mantinham qualquer ligação ao território nacional. Segundo a PJ, entravam e saíam de Portugal em curtos períodos, apenas com o intuito de cometer crimes, utilizando países do espaço Schengen e identidades falsas para evitar a deteção, o que dificultou significativamente o trabalho das autoridades.
Um dos detidos, de 44 anos, possui um extenso cadastro e foi condenado anteriormente a 12 anos de prisão em 2012 e a 17 anos e 11 meses em 2019, por crimes semelhantes. Foi extraditado em 2022 para o Brasil para cumprimento de pena. O outro, de 40 anos, foi condenado a 12 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio de um cidadão irlandês no Algarve.
Ambos eram alvo de mandados de detenção europeus emitidos pelas autoridades portuguesas, pelos crimes de roubo à mão armada, sequestro e falsificação de documentos.
