Os guardas prisionais da cadeia de Caxias abateram a tiro, na madrugada desta quarta-feira, um drone que sobrevoava o estabelecimento prisional e transportava um embrulho com vários objetos proibidos, incluindo telemóveis, cartões SIM, tabaco e uma corda. O incidente ocorreu por volta das 2h00 e foi detetado através do sistema de videovigilância da prisão.
Drone abrigava tentativa de introdução de objetos ilegais
O veículo aéreo não tripulado foi intercetado enquanto sobrevoava a prisão, numa tentativa de fazer chegar o seu conteúdo ao interior do estabelecimento. Ao ser atingido, o embrulho que transportava caiu junto a uma cela, levando os guardas a realizar buscas imediatas para impedir a entrada dos objetos proibidos nas mãos dos reclusos.
Durante a inspeção, foram encontrados dentro da cela seis telemóveis, vários carregadores e cartões SIM, levantando suspeitas de que o drone poderia estar a tentar fornecer reforços a um esquema já existente dentro da prisão. Todos os materiais foram apreendidos e serão agora analisados pelas autoridades.
Dificuldades na segurança das prisões
O operador do drone ainda não foi identificado, e o caso está sob investigação. Frederico Morais, do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, alertou para as dificuldades que os guardas enfrentam diariamente na garantia da segurança dentro das prisões.
“Não temos condições para garantir a segurança nas prisões, quanto mais identificar quem opera um drone”, afirmou, denunciando as falhas na infraestrutura e nos recursos disponíveis para o combate a este tipo de crime.
Drones: um desafio crescente para os serviços prisionais
Nos últimos anos, a utilização de drones para introduzir objetos proibidos nas prisões tem vindo a aumentar, representando um desafio adicional para os serviços prisionais. Estes dispositivos são usados para transportar telemóveis, drogas, armas improvisadas e outros itens ilegais que podem comprometer a segurança dentro dos estabelecimentos.
As autoridades penitenciárias têm procurado formas de combater este problema, recorrendo a sistemas de deteção e até ao uso de tecnologias de bloqueio de sinais. No entanto, os sindicatos alertam para a falta de meios e de efetivos para responder eficazmente a estas ameaças.
O caso de Caxias será agora alvo de investigação para tentar identificar os responsáveis pela operação do drone e apurar eventuais ligações entre os objetos transportados e reclusos da prisão.