A Polícia Judiciária (PJ) constituiu oito arguidos, cinco indivíduos e três empresas, no âmbito da Operação ‘Carrocel’, que investiga um esquema de fraude fiscal que terá causado um prejuízo de 3,5 milhões de euros ao Estado português.
A investigação, liderada pelo Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, levou a buscas numa empresa grossista do setor alimentar, higiene e limpeza, localizada na margem sul do Tejo. Além desta zona, as autoridades realizaram diligências em Lisboa e no Porto, apreendendo 75 mil euros em dinheiro e “relevante material probatório”.
O esquema fraudulento, praticado entre 2015 e 2021, consistia na utilização de “empresas de fachada” para simular transações comerciais tanto no mercado nacional como no comunitário, aproveitando lacunas na legislação do IVA entre Estados-membros da União Europeia. A investigação teve origem numa inspeção da Autoridade Tributária, que detetou indícios de crime de fraude de aquisição.
Na operação participaram 62 inspetores da PJ, 14 peritos da Unidade de Perícia Financeira e Contabilista, oito peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, 20 inspetores e oito peritos informáticos da Autoridade Tributária, além de duas magistradas do Ministério Público. No total, foram realizadas 17 buscas domiciliárias e 21 buscas não domiciliárias, incluindo escritórios de contabilidade.
A investigação prossegue para apurar responsabilidades e recuperar os montantes defraudados.