Um homem acusado de violência doméstica encontra-se agora também acusado do crime de evasão, depois de ter removido a pulseira eletrónica e se ter colocado em fuga durante vários dias.
De acordo com uma nota do Ministério Público, publicada esta quarta-feira, o arguido ausentou-se da sua residência sem autorização no dia 26 de fevereiro, tendo retirado o dispositivo de vigilância eletrónica. A fuga prolongou-se até 1 de março, altura em que foi localizado e detido pelo Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) da GNR do Comando Territorial de Santarém.
O caso insere-se num contexto de violência doméstica num relacionamento que se deteriorou após a separação do casal, ocorrida em agosto de 2023. Segundo a acusação, os episódios de violência intensificaram-se ao longo de 2024. O casal esteve junto desde 2011 e tem duas filhas em comum.
O arguido já havia sido detido em outubro de 2024 e sujeito a interrogatório judicial. Na altura, foi-lhe imposta a medida de coação de prisão preventiva, enquanto se avaliava a possibilidade de aplicação da obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica. A 18 de novembro, essa medida foi implementada, mas o homem acabou por violá-la ao fugir.
Agora, depois de ser recapturado, foi novamente presente a tribunal, que determinou a sua prisão preventiva.